• 30 jan 2019

    Fora o imperialismo de Venezuela! Em defesa de sua autodeterminação!

Comunicado do CERQUI diante da tentativa de golpe na Venezuela

 FORA O IMPERIALISMO DA VENEZUELA! EM DEFESA DE SUA AUTODETERMINAÇÃO!

24 de janeiro de 2019

1) Rechaçamos qualquer forma de intervenção do imperialismo e de seus lacaios, mediante ações militares, diplomáticas, sabotagem ou bloqueio econômico; não lhes reconhecemos nenhuma autoridade para dar um veredito sobre se as eleições foram ou não legítimas.

2) A grave crise econômica na Venezuela e o sofrimento das massas são provocados pela sabotagem da burguesia e pelo bloqueio econômico do imperialismo. Isso não elimina a responsabilidade do governo chavista pela calamidade do país. O chavismo se negou a enfrentar o imperialismo expropriando a burguesia e o capital financeiro. O cerco do imperialismo e a incapacidade do chavismo de quebrar a sua ofensiva confirmam que somente o proletariado organizado pode derrotar o imperialismo e materializar a libertação nacional e social.

3) O verdadeiro objetivo do imperialismo é o petróleo da Venezuela. Trata-se de uma das mais importantes reservas do mundo, sendo um petróleo de melhor qualidade. Os Estados Unidos têm em mira controlar diretamente todos os recursos petroleiros da região.

4) A classe operária e os oprimidos da Venezuela deverão resolver a defesa do seu país. Eles são os únicos que podem validar ou não as eleições, são eles os que podem resolver os problemas de seu país; defendemos incondicionalmente a autodeterminação da Venezuela.

5) O ataque do imperialismo afeta toda a América Latina, não somente a Venezuela. Uma derrota do povo da Venezuela pelas mãos do imperialismo é uma derrota para toda a América Latina. É necessário defender urgentemente a Venezuela, que há muitos anos vem sendo perseguida, com objetivo de acabar com o ciclo de governos nacional-reformistas. Esta virada agressiva do imperialismo norte-americano está relacionada com a guerra comercial que impulsiona, que procura recuperar o seu papel hegemônico e escapar da profunda crise que se encontra desde 2008.

6) Esta viva na memória o golpe contra Dilma Rousseff no Brasil para impor Temer como presidente e a impugnação do principal candidato opositor, com o aval destes mesmos personagens. O imperialismo norte-americano esteve por trás de todos os golpes militares na América Latina, é responsável pelos maiores massacres de nossos povos; como por exemplo o golpe fascista de Pinochet no Chile e o Plano Condor. Na atualidade, Trump, Bolsonaro, Piñeira, Duque e Macri são a máxima expressão do autoritarismo em nossa região.

7) Diante do fracasso de todas as vias que a oposição burguesa tentou para derrubar o governo chavista, a política do imperialismo visa promover uma guerra civil para destituir Maduro e impor um governo servil. Alertamos a classe operária sobre esta perspectiva.

Diante desta ameaça, a resposta operária deve ser de expropriar os grandes capitalistas, os latifundiários e as multinacionais, para eliminar a base material do golpismo, tarefa que somente pode ser imposta pelo governo operário e camponês. Nesta perspectiva, está colocada a organização imediata de uma frente única anti-imperialista, que passe por cima de todas as limitações e incapacidades do chavismo para resolver os problemas nacionais.

Chamamos os sindicatos e partidos políticos, que se reivindicam da classe operária e da luta contra o imperialismo, a se pronunciarem e se mobilizarem contra o golpe em marcha do imperialismo.

Fora o imperialismo da Venezuela e da América Latina!