• 23 jan 2020

    QUE O MPL RETOME A ORGANIZAÇÃO DO “COMITÊ DE LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS”

QUE O MPL RETOME A ORGANIZAÇÃO DO “COMITÊ DE LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS”, FAZENDO UM CHAMADO AOS ATIVISTAS, MOVIMENTOS SOCIAIS, SINDICATOS E DEMAIS ORGANISMOS DOS EXPLORADOS PARA A LUTA CONTRA O AUMENTO DO CUSTO DE VIDA!

 

O AUMENTO DAS TARIFAS SÓ SERÁ DERROTADO COM O MOVIMENTO DE MASSAS! É PRECISO UNIFICAR A JUVENTUDE E OS TRABALHADORES EM DEFESA DOS EMPREGOS, SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE VIDA!

23 de janeiro de 2020

Entramos na terceira semana de mobilizações contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo. Nos três primeiros atos convocados pelo MPL, vimos uma dura repressão policial, decisões erradas da direção do movimento, e o número de manifestantes nos atos reduzir drasticamente.

A polícia é o braço armado do Estado burguês. Serve apenas para proteger a propriedade privada, os governos e o lucro dos patrões. Da PM, não esperamos absolutamente nada! Toda repressão deve ser condenada, e o governador João Doria deve ser responsabilizado pela violência contra aqueles que lutam!

Do lado de cá da trincheira, cabe apontar os erros do MPL, para que possamos corrigir o caminho. Ainda podemos fazer o movimento crescer. São dois erros essencialmente: 1) não colocar em prática o princípio da democracia operária, decidindo tudo em um grupo muito reduzido, às costas dos demais; 2) seguir a tática das ações isoladas, após a dispersão dos manifestantes.

Até o ano de 2015, os atos centralizados eram organizados por comitês de frente única, com a presença e direção do MPL, mas contando com a presença de numerosas organizações e ativistas independentes. As reuniões dos comitês serviam para pensar e decidir as mobilizações contra as tarifas. A partir destes comitês, eram organizadas panfletagens nas estações, para convocar a população para as ruas, eram decididos os trajetos com o movimento (não com a polícia!), e levantadas as bandeiras que deveriam ser colocadas, etc.

A ausência deste tipo de organização no movimento atual, e a drástica redução de participantes nos atos, mostram que o Movimento Passe Livre se tem degenerado cada vez mais, e precisa urgentemente mudar sua forma de agir.

Nós, do Partido Operário Revolucionário, defendemos a democracia operária no movimento contra os aumentos. É necessária a formação de um comitê, com o MPL, sindicatos, movimentos sociais e partidos, que discuta os rumos desta mobilização. Como defendemos nos últimos boletins, o aumento das tarifas do transporte faz parte do conjunto de ataques dos governos sobre as massas exploradas. Aumentou a passagem, mas também aumentou o gás, a carne, o ovo, o aluguel, etc.

Desta forma, para ampliar o movimento, precisamos colocar a luta contra a tarifa em ligação com a luta contra a carestia de vida em geral. Só assim teremos os explorados do nosso lado, e derrotaremos este ataque dos capitalistas sobre o bolso dos mais pobres.